Avenal, a nossa pequena pátria. Recolha de notas e elementos sobre o lugar das nossas origens. Estudar o Avenal, conhecer melhor as suas gentes.
9.07.2005
8.23.2005
Avenal: terra de moleiros
8.19.2005
Avenal agricola
(Geo)morfologia: geologia, litologia, topografia
Carta Geológica de Portugal, Serviços Geológicos, DGMSG, 1978 (extracto da Folha 19-C, 1:50.000)
Carta Militar, Serviço Cartográfico do Exército, 1993 (folha 241, 1:25.000)
Ruas do Avenal: as modernas e as antigas
Rua Alqueves
Rua Serrados
Rua Cedro
Rua Torre
Rua Serrados
Rua Canto
Rua São José
Rua São Tomé
Rua 25 de Abril
Ladeira Jaque
R ua Bairro das Pedreiras
8.08.2005
8.02.2005
Reivindicações: coisas a melhorar
7.17.2005
7.13.2005
População
Fonte: Recenseamentos Gerais da População, 1960-2001.
7.11.2005
Avenal e a sua (micro)toponimia: o lugar e os seus significados
Avenal: génese de um nome
"Restos mozárabes de -N- y -L- conservadas se encuentran hasta en los alrededoresde Coimbra (Avenal en el Concelho de Condeixa, Malga en el Concelho de Coimbra; “ébem possível aliás que outros vestígios semelhantes se encontrem ainda para o Norte doMondego, sobretudo naquela área indecisa entre este e o limite do TerritórioPortucalense que só também com o findar do século XI reentra definitivamente no domínio cristão, passando a gravitar em torno de Coimbra e dos seus mosteiros, particularmente o de Santa Cruz”). “Parece pois não haver dúvida de que o carácterfortemente moçárabe desta zona [Avenal, Malga], já reconhecida no aspecto histórico,se estendia também à linguagem, que não conheceu o fenómeno tão tìpicamente galegoportuguêsda síncope de -l- e -n-. Partindo certamente de Coimbra, definitivamente conquistada em 1064, a ‘portugalização’ linguística terá feito desaparecer ràpidamente essas formas idiomáticas primitivas, de que apenas escassos vestígios se conservam natoponímia, a bem pequena distância aliás do foco inovador”.
Fonte: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/hlp/biblioteca/baldinger.pdf
Avenal e a toponímia do seu termo
Alqueves s.m. acto ou efeito de alqueivar; pequena lavra de uma terra de pousio. Etim: origem duvidosa, provavelmente árabe alqueuê . "terra deserta". (1)
Alqueive. Terra que se lavra para que descanse.
s.m. Estado de uma terra lavrada que se deixa descansar.
Essa mesma terra. O alqueive, outrora indispensável para deixar descansar a terra e livrá-la das pragas, é atualmente em geral substituído pelos adubos e o emprego de plantas mudadas na rotação.
Arquivo sobre a origem e significado do termo Alqueive:
http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/lingua/boletimfilologia/22/boletim22_pag65_71.pdf
Medio tejo e toponimia arabe:
https://repositorio.uac.pt/bitstream/10400.3/474/1/ManuelSConde_p353-385.pdf
Almoinha. Do baixo-latim alimonia , 'mantimento' (que deu o espanhol limosna , 'esmola', e o inglês alimony , 'pensão de alimentos'). No português antigo, chamava-se almoinha a uma horta ou terra de agricultura de subsistência. Existe a variante Almuinha e o derivado Almoinhas .
Archinhas
Arneiro - o mesmo que arnado. "que tem areia, área sáfara". (1)
Barrosas -
Brejo - terreno alagadiço, lodoso; pântano, paúl. Terreno plano, de extensão mais ou menos considerável, alagadiço ou apaulado, que corre nas cabeceiras ou em áreas de transbordamento de rios. Terreno baixo, plano ou pouco acidentado, situado entre colinas, bem irrigado e fértil. Terreno baixo onde há nascentes. lugar impuro. Terreno agreste onde medram urzes; urzedo. Lugar húmido e frio. (1)
Cavada - Do português antigo cavada , no sentido de 'gruta' ou 'cova'. É bastante frequente em Portugal e na Galiza, assim como os seus derivados Cavadas , Cavadinha e Cavadinhas . Tem a variante Cabada .
Cardal -
Carvalheiras - mata de pequenos carvalhos silvestres. (1)
Pedreiras
Ribeira - terreno baixo, adjacente às margens de um rio e geralmente banhado por ele. (1)
(1) Dicionário Houaiss da língua Portuguesa.
Os nomes do lugar e os respectivos contextos
A microtoponimia fornece um conjunto de referências, a uma escala bastante próxima da real, que se revela indispensável à compreensão da relação que os habitantes foram estabelecendo com o território e como se processou a respectiva ocupação. Os nomes que identificam certas partes do lugar remetem-nos para especificidades locais, para um tempo em que as pessoas estabeleciam uma relação mais próxima e cumplice com o espaço onde se movimentavam, se encontravam mais dependentes do meio natural onde exerciam as actividades e asseguravam a sua subsistência.
O conjunto dos nome por que são vulgarmente conhecidas certas partes do termo do Avenal levam-nos a reflectir e a tentar sistematizar os respectivos significados segundo alguns aspectos bastante interessantes, pondo em evidência que a lenta adaptação do homem ao meio se sedimentou a partir de um saber de experiência feito.
. Povoamento, crescimento "urbano" e ocupação do território. Lugares banais como este raramente são referênciados, pois se a história é feita de vencedores, também a geografia se faz de lugares importantes, com dimensão populacional e económica. É por isso que o Avenal é um lugar oculto, sem espaço em livros, mapas ou, hoje como ontem, na net. O Avenal que domina a blogosfera é um lugar recente, mas que tem o condão de ter surgido no Oeste americano resultado da corrida, não ao ouro mas ao petróleo que o veio substituir.
O nosso Avenal é mais modesto, não aparece citado em livros: o Portugal Antigo e Moderno de Pinho Leal esqueceu-se de o destacar, anexando-o à freguesia de Sebal enquanto outras obras corográficas o juntam aos restantes quatro lugares com o mesmo nome, situados nos concelhos de Cadaval, Caldas da Rainha e Oliveira de Azemeis (...). Foi durante muito tempo um lugar fora do mapa. Só aparece em cartas recentes, quando os meios técnicos permitem mais rigor e escalas de maior dimensão e os poderes públicos, para melhor controlo do espaço e dos homens que nele habitam, conhecer o respectivo reino. Assim surgiu o Avenal nos mapas de 1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000 que se dá conta noutro local.
A origem do lugar parece indeterminada, perdida no tempo. Se a descoberta recente de uma quinta com mosaicos romanos, junto ao Serrado, pode indiciar o centro espacial e temporal do lugar, está por averiguar as razões que levaram ao desaparecimento do povoado que teria existido na Ventosa, cuja capela tinha Santiago como orago. Aliás, a capela do Avenal, centro do mundo terreno para a comunidade que em torno dela gravitava, situa-se a uma escassa centena de metros da casa romana, inserida na rede de casas com a mesma função, que os romanos numa estratégia de colonização e controlo dos territórios ocupados, dispersaram numa malha regular a partir de Conímbriga.
A implantação do lugar adoça-se à morfologia, com uma estratégica exposição a sul, ocupando o lugar a parte mais elevada, enquanto a baixa era reservada para se implantarem os moinhos. Nas margens deste centro foram surgindo outros lugarejos, uns que permanecem habitados e, hoje, práticamente ligados ao Avenal, fazendo um contínuum, como os Alqueves, as Carvalheiras e, a sul e além rio, as Pedreiras.
As longínquas Barrosas
Mas existiam
Observando
Avenal. Referências
Paulo Archer (2005) - Sebal em duas informações do século XVIII. Fragmentos da história duma comunidade rural. Coimbra, Ed. Autor.
Exemplo: p. 23: também no Avenal, em 1251, Petrilino deixa a obrigação de 3 morabitinos respeitantes aos rendimentos duma herdade e sua mulher, Maria Dona, deixa outra obrigação em Julho 1267. (Livro das Kalendas, 1947, P. 238).
O Avenal como projecto: temas a desenvolver
1. Avenal: as origens; a terra
. Breve percurso histórico
. Toponímia e o espírito do lugar
. O lugar: implantação e evolução
2. O meio, o homem e as actividades
. A terra: solo e litologia
. A água: hidrografia (as obras de ...)
. A natureza, as plantas: a ocupação agricola e florestal
3. População e tranformação social
. Evolução demográfica
. processos migratórios e processos sociais
4. A economia local
. A terra e as actividades agrícolas
. O calendário agricola: o ciclo anual
. Uma terra de lavradores, moleiros e camponeses
Referências geográficas
2. As actividades ....
3. Pessoas
4. Factos
5. Histórias curiosas
Assuntos que podem orientar a pesquisa e os contributos a incluir: Fontes: - Livros e outros materiais onde ocorram referências ao Avenal. Transcrever as respectivas citações. - Imagens: fotografias novas e antigas, de pessoas e acontecimentos (p.ex: festas, casamentos, etc...); - Documentos: pesquisa a efectuar em arquivos.
7.10.2005
Outros Avenais: Ul, Oliveira de Azeméis; Caldas
Geograficamente localizada na Beira Litoral, a 38 Km da cidade de Aveiro, capital de distrito, a escola do 1º ciclo de Adães, situa-se no lugar de Adães, freguesia de Santa Maria de Ul e dista aproximadamente 5 Km da sede do concelho de Oliveira de Azeméis. Ul confronta a poente com a freguesia de Loureiro, a nascente com Macinhata da Seixa, a norte com a freguesia de Oliveira de Azeméis e Madaíl e a sul com Travanca.
A freguesia de Ul compreende os seguintes lugares: Adães, Aido do Carvalho, Avelão, Avenal, Crasto, Cruz, Devesa, Fonte, Igreja, Lousas, Norinhas, Ouriçosa, Outeiro do Moinho, Pego, Pinheiral, Porto de Vacas, Rua Direita, Salgueirinha, Serro de Baixo, Serro de Cima, Sobalo, Sobral, Souto e Troviscal.
Calicida Avenal
Patrominios. Nome de familia
Robert de Muscegros b.1207 Of, Worcestershire, England d.1253 Of, England
Alice de Dives b.1190 Of, England d.
John DE MUSCEGROS b.1232 Of, England d.1275 , England
Helewisia MALET b.1200 Of, England d.1287
Robert de Mucegros b.1254 Of, Bicknor Kent, England d.1280 , England
William Avenal b.1206 d.
Cecily Or Dulcia Avenal b.1234 Of, Bicknor Kent, England d.1301 , England
http://www.boydhouse.com/genealogy3/tp174.htm
Avenal e o dominio da blogosfera
Pessoas com nome Avenal
Isabel* AVENAL - 1144 - 1185
BIRTH: 1144, Scotland DEATH: 1185 Father: Richard* AVENAL Mother: Sibyl*
Genealogia. História da Família Luis
Pelo que sabemos, Caetano Luiz e Maria de Jesus da Peça Agostinho, tiveram 06 (seis) filhos: Joaquim Agostinho nasceu, aproximadamente, no ano de 1806, Joaquina Agostinho Peça, aproximadamente, no ano de 1808, Antonio Luiz, aproximadamente, no ano de 1810, Libania Maria, aproximadamente, no ano de 1816, Rosa Maria Jesus da Peça, aproximadamente, no ano de 1821 e Alexandre Maria, aproximadamente, no ano de 1832, todos nascidos no lugar do Avenal, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Rosa Maria Jesus da Peça, um dos filhos de Caetano Luiz e Maria de Jesus da Peça Agostinho, era casada com Miguel Vaz e viveram no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Pelo que sabemos o casal teve 07 (sete) filhos: José Vaz nasceu no dia 25/06/1825, Jacintha Jesus Vaz no dia 10/12/1827, Luiz nasceu no dia 26/02/1830, Umbelina da Conceição Vaz no dia 12/02/1833, Antonio Vaz no dia 17/04/1836, Manoel Vaz no dia 25/07/1839, João Vaz no dia 14/11/1842, todos nascidos no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Jacintha Jesus Vaz, um dos sete filhos de Rosa Maria Jesus da Peça e Miguel Vaz, era casada com Joaquim Gomes Tenente e viveram no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Pelo que sabemos, Jacintha Jesus Vaz e Joaquim Gomes Tenente, tiveram 08 (oito) filhos: José nasceu no dia 03/04/1848, Maria no dia 14/02/1850, Umbelina Vaz no dia 05/12/1851, José Vaz no dia 02/12/1854, Joaquina no dia 25/02/1857, Thereza Vaz no dia 10/01/1860, Manoel Vaz no dia 10/01/1862 e Maria da Conceição no dia 04/05/1864, todos nascidos no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Thereza Vaz, um dos oito filhos de Jacintha Jesus Vaz e Joaquim Gomes Tenente, era casada com Antonio Monteiro e viveram no lugar do Sobreiro, freguesia de Sebal, concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Pelo que sabemos o casal teve 03 (três) filhos: Maria Monteiro nasceu no dia 15/01/1890, José Monteiro nasceu no dia 30/11/1891 e Antonio Monteiro Novo no dia 02/07/1900 e era casado com Maria Nazaré de Oliveira, todos nascidos no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
José Monteiro, um dos três filhos de Antonio Monteiro e Thereza Vaz, veio para o Brasil sozinho. Saiu do porto de Lisboa, Portugal, e desembarcando, no dia 22/04/1913, no porto de Santos, município de Santos, estado de São Paulo.
Casou no dia 14/07/1926, com Aurora Rodrigues, no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil, e teve dois filhos: Aluízio Monteiro nasceu no dia 28/04/1928 e Thereza Rodrigues Monteiro no dia 02/03/1930, todos nascidos no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil.
Índice - 01
107 pessoas e 28 famílias
Joaquim AGOSTINHO (1806 - 1871)Maria de Jesus da Peça AGOSTINHO (1781 - 1851)ALEXANDRE (22 OCT 1846 - 1916)Joaquina de Jesus Conceição ALMEIDA (1813 - 1883)Justina ALMEIDA ( - )Aurea Maria do AMARAL ( - )ANTONIO (20 MAR 1872 - 13 DEC 1941)ANTONIO (8 JAN 1871 - 1941)ANTONIO (13 JAN 1857 - 1927)ANTONIO (31 JAN 1833 - 1898)Antonio Carlos CATARINO ( - )Antonio Ramos CATARINO ( - )Maria Beatriz CATARINO ( - )Maria Regina CATARINO ( - )Maria DA CONCEIÇÃO (4 MAY 1864 - 1934)Maria DA CONCEIÇÃO (19 MAR 1865 - 1930)Maria DA CONCEIÇÃO (1 APR 1874 - 1944)Maria DA CONCEIÇÃO (10 NOV 1851 - 1921)Maria DA ENCARNAÇÃO (8 SEP 1865 - 1935)Rosa Jesus Maria DA PEÇA (1803 - 1873)Antonia DE JESUS (1811 - 1876)Maria DE JESUS (1837 - 1907)Conceição DE OLIVEIRA (1843 - 1913)Luis DIAS ( - )DIOGO (3 JUN 1837 - 1907)Maria EMILIA (7 OCT 1871 - 1941)Antonio FERNANDES ( - )Próxima página (Antonio Ferreira FRESCO - MARIA )
Genealogia. História da Família Matheus
Pelo que sabemos, Joaquina Maria Jesus Matheus e Joaquim Gonçalves Jacinto, tiveram 05 (cinco) filhos: Maria de Jesus Palrrilha nasceu, aproximadamente, no ano de 1803, Isabel de Jesus, aproximadamente, no ano de 1809, Manoel Gonçalves Jacinto, aproximadamente, no ano de 1810, Antonia de Jesus Palrrilha, aproximadamente, no ano de 1812, Josefa de Jesus, aproximadamente, no ano de 1816, todos nascidos no lugar do Avenal, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Maria de Jesus Palrrilha, um dos filhos de Joaquina Maria de Jesus Matheus e Joaquim Gonçalves Jacinto, era casada com Miguel Gomes Tenente e viveram no lugar do Avenal, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Tenho informação que Maria de Jesus Palrrilha e Miguel Gomes Tenente, tiveram 05 (cinco) filhos: Joaquim Gomes Tenente nasceu no dia 18/05/1825, João Gomes Tenente no dia 18/09/1828, Joaquina no dia 14/10/1831, Maria Joanna no dia 03/01/1838 e José Gomes Tenente no dia 20/06/1839, todos nascidos no lugar do Avenal, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Joaquim Gomes Tenente, um dos cinco filhos de Maria de Jesus Palrrilha e Miguel Gomes Tenente, era casado com Jacintha Jesus Vaz e viveram no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Pelo que sabemos o casal teve 08 (oito) filhos: José nasceu no dia 03/04/1848, Maria no dia 14/02/1850, Umbelina Vaz no dia 05/12/1851, José Vaz no dia 02/12/1854, Joaquina no dia 25/02/1857, Thereza Vaz no dia 10/01/1860, Manoel Vaz no dia 10/01/1862 e Maria da Conceição no dia 04/05/1864, todos nascidos no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Thereza Vaz, um dos 08 (oito) filhos de Joaquim Gomes Tenente e Jacintha Jesus Vaz, era casada com Antonio Monteiro e viveram no lugar do Sobreiro, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Pelo que sabemos o casal teve 03 (três) filhos: Maria Monteiro nasceu em 15/01/1890, José Monteiro no dia 30/11/1891 e Antonio Monteiro Novo no dia 02/07/1900 e era casado com Maria Nazaré de Oliveira, todos nascidos no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
José Monteiro, um dos três filhos de Antonio Monteiro e Thereza, veio para o Brasil sozinho. Saiu do porto de Lisboa, Portugal, desembarcando, no dia 22/04/1913, no porto de Santos, município de Santos, estado de São Paulo.
Casou no dia 14/07/1926, com Aurora Rodrigues, no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil, e teve 02 (dois) filhos: Aluízio Monteiro nasceu no dia 28/04/1928 e Thereza Rodrigues Monteiro no dia 02/03/1930, todos nascidos no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil.
http://www.agenealogia.com/familia_matheus/familia_matheus_inicio.htm
Avenal. Toponimia
Num breve artigo publicado em 1908 na Revista Lusitana (1), Leite de Vasconcelos, posto perante a ausência de «testemunhos antigos» sobre os idiomas romances usados pelos moçárabes no actual território do Centro e Sul de Portugal, afirmava que o «onomástico e os dialectos populares da Estremadura, Alentejo e Algarve poderão elucidar-nos algo» a seu respeito. A título de exemplo, citava seguidamente um termo alentejano caivêra ‘caveira’, que já anteriormente ele mesmo publicara e tentara explicar (2), e uma série de topónimos que poderiam representar sobrevivências do vocabulário tópico anterior à expansão portuguesa ― Defesa (em vez de Devesa, como no Norte), Beselga, Cacela, Castro-Verde, Fontanas, Paderne, Roliça, Vidigueira ― acrescentando: «Talvez Mértola com o seu -l-, e Odiana com o seu -n- [naturalmente também Fontanas], sejam documentos da fonética do romanço transtagano prè-português».
Poucos anos depois, nas Lições de Filologia (cuja 1.ª edição é de 1911), retoma brevemente o mesmo tema no capítulo dedicado à «Origem e evolução da língua portuguesa» (3.ª e 4.ª ed., pp. 16-17) e mais adiante volta a citar Mértola e Odiana como exemplos de conservação de -l- e -n- em posição intervocálica em território primitivamente moçárabe (3.ª e 4.ª ed., pp. 268 e 303). A estes nomes acrescentou Menéndez Pidal, nos Orígenes del español (§ 90, I, p.432 da 3.ª ed., v. a carta depois de p. 488), os topónimos Madroneira no distrito de Beja, Molino em Évora, Fontanela junto de Sintra (3). Com isto teríamos o limite setentrional mínimo da conservação moçárabe de -l-, -n- passando ao Norte de Évora e compreendendo ainda Sintra, já para o Norte do Tejo. Recentemente, em artigo do Boletim de Filologia (4), discordando da convicção por mim afirmada de que o Sudoeste da Beira Baixa e os distritos de Santarém e Portalegre devem ter pertencido à área de conservação de -n- (5), H. Lüdtke invocou como argumento contrário o topónimo Madroeira no distrito de Santarém, citado também por Menéndez Pidal no mesmo passo dos Orígenes. Ao argumento (único) de Lüdtke objectei na mesma revista (6) que o «português antigo conhecia ainda, como apelativo, a forma simples madroa ‘matrona’», sendo «verosímil pois, ― se não provável ― que o topónimo seja moderno, da época da Reconquista ― como aliás acontece com a maioria do vocabulário tópico não árabe dessa e de outras zonas do Centro e Sul de Portugal». Ora sucede que dois topónimos postos recentemente em foco por um estudo sobre o acampamento romano de Antanhol, publicado pela Faculdade de Letras de Coimbra (7), vêm permitir fazer avançar decididamente mais para o Norte o limite geográfico da conservação moçárabe de n e l intervocálicos. Os nomes tópicos em questão são Avenal e Malga.
O primeiro, Avenal, é hoje o nome de uma povoação da freguesia de Sèbal Grande no concelho de Condeixa e os documentos mostram-nos, sem sombra de dúvida, que topónimo e povoação coincidem com um pequeno território junto do rio de Cernache, conhecido no século XII como Avellanale (sítio das avelãs ou aveleiras) (8). À primeira vista a forma moderna, em comparação com aquela mais antiga, parece apresentar um exemplo de uma evolução perfeitamente insólita: a supressão da geminada -ll- ao lado da conservação de -n- simples intervocálico. As restantes formas que os documentos nos transmitem provam todavia que não se trata bem disso.
Vejamos quais são essas formas documentalmente transmitidas:
1. Avellanale e Avelanal ― sécs. XII e XIII (9);
2. Avelaal ― sécs. XII e XIII (10) (deve ler-se certamente Avelãal);
3. Avenanali, Averanal, Avenelar ― uma vez cada uma no séc. XIII (ou começos do XIV quanto à última) (11);
4. Avenal ― séc. XIII e depois séc. XVII (12) ― trata-se, como sabemos, da forma que finalmente prevaleceu.
A primeira forma pode corresponder, e em parte corresponde (como nos documentos de 1159 e 1182 citados na nota 9), a um ‘latinismo’, forma tradicional conservada na linguagem tabeliónica, mas nada impede que possa representar ― e as formas seguintes fazem-no supor ― uma variante ainda viva daquele nome de lugar. A segunda corresponde à forma setentrional, com tratamento ‘português’ da nasal medial, acaso usada pelos portugueses ao Norte do Mondego, que conheciam a correspondência Avelãal/Avelanal, Avenal ou similar, estas como variantes usadas ‘in loco’, e escolhiam a primeira. As terceiras, finalmente, devem, segundo creio, interpretar-se como formas intermediárias, certamente de uso popular (13), que nos podem mostrar como o nome Avelanal, com o n intervocálico conservado, através de várias oscilações, chegou até à forma Avenal, que, documentada como vimos já desde o séc. XIII, acabou por se fixar no uso geral, prevalecendo sobre todas as outras.
A sequência de sonantes alveolares l-n-l, que, pela vizinhança articulatória e acústica dos três fonemas nas duas sílabas seguidas, oferecia dificuldades de realização [ou de identificação], sobretudo desde que se completara a simplificação das geminadas, levando ao enfraquecimento da articulação da primeira líquida, provocou, como se vê, uma série de fenómenos de dissimilação e de metátese, que aquelas formas precisamente documentam: a assimilação l-n-l > r-n-l em Averanal; a dissimilação l-n-l > n-n-l em Avenanal; finalmente a dissimilação com metátese l-n-l > n-l-r em Avenelar (14). É possível que Avenanal esteja directamente na base da forma actual, através de uma pronúncia obscurecida da vogal pretónica a > e, semelhante à documentada em Avenelar. É possível também que Avenal resulte mais rapidamente de uma variante (contemporânea de Avenanal, etc.) *Avelenal ou *Avenelal, em que a síncope da vogal em posição fraca
apressasse a assimilação da líquida à nasal vizinha (seguinte ou precedente), facilitada pelo processo dissimilatório que a opunha à outra líquida, final. Aliás, partindo-se de uma foram *Avenelal, não documentada mas de cuja existência no uso local dá claro indício a outra variante Avenelar (15), o fenómeno assimilatório que suporia a sua transformação em
Avenal (*Avenlal > *Avennal ― tendo inicialmente a consoante assimilada função silábica) teria perfeito paralelo no topónimo vizinho Anobra, que nos documentos mais antigos oferece a forma Anlubria (16). Em todo o caso, deve admitir-se que, por um período indeterminado de tempo, mais ou menos prolongado, o nome de lugar em apreço se apresentava na norma linguística local em forma oscilante, que admitia mais de uma realização, até ao momento em que uma das variantes acabou por se generalizar e se impor como forma única. Essa variante foi Avenal, em que já se não observava a incómoda sucessão consonântica l-n-l (17).
O segundo topónimo, Malga, que designa hoje um lugar da freguesia de Cernache, concelho de Coimbra, não longe do Avenal, representa por sua vez um evidente exemplo (bem mais claro) da conservação de um antigo l simples intervocálico, sendo as suas formas antigas Malaga, documentada nos séculos XII e XIII, e Malega, no fim do séc. XIII (18). A segunda forma mostra como a vogal postónica, obscurecida, se aproximava da supressão, realizada na forma actualmente conservada Malga. Parece pois não haver dúvida de que o carácter fortemente moçárabe desta zona, já reconhecido no aspecto histórico, se estendia também à linguagem, que não conheceu o fenómeno tão tipicamente galego-português da síncope de -l- e -n- intervocálicos (19). Partindo certamente de Coimbra, definitivamente conquistada em 1064, a «portugalização» linguística terá feito desaparecer rapidamente essas formas idiomáticas primitivas, de que apenas escassos vestígios se conservam na toponímia, a bem pequena distância aliás do foco inovador (20).
De resto, além de outros nomes de lugar, como Cernache, Assafarge, Alcabideque, Almalaguês, Alcouce, Bendafé, que caracterizam pela sua conformação tipicamente moçárabe a zona a que pertencem Malga e Avenal, bem perto de Coimbra também, ao longo do Mondego, um outro topónimo oferece nos documentos antigos formas que, sob diverso aspecto, mostram igualmente vestígio da fonética histórica do antigo falar moçarábico: refiro-me a Tàveiro, nome que em documentos de 1087 e 1142 ocorre com a forma Talaveir, noutro também de 1142 como Taaveir (em 1183 Talaveiro) (21), isto é, com a característica apócope de o final (22). Neste caso foi a forma «portuguesa» que prevaleceu, suplantando por completo as formas antigas Talaveir ou, hibridamente, Taaveir ― como aliás sucedeu também com o nome de Sèbal, topónimo do concelho de Condeixa, na própria vizinhança do Avenal, que, em confronto com as formas atestadas pelos documentos antigos (em 1164 Sinapalem, isto é, campo da mostarda) (23), mostra ter sofrido a síncope de n intervocálico.
É bem possível aliás que outros vestígios semelhantes se encontrem ainda para o Norte do Mondego, sobretudo naquela área indecisa entre este e o limite do Território Portucalense que só também com o findar do século XI reentra definitivamente no domínio cristão, passando a gravitar em torno de Coimbra e dos seus mosteiros, particularmente o de Santa Cruz. Sem deixar o nome Avenal, é fácil verificar que, além do lugar referido, outras localidades ostentam a mesma designação, quer para o Sul (nos concelhos de Alenquer, Bombarral e Caldas da Rainha), quer precisamente para o Norte, encontrando-se um Avenal na freguesia de Ul, concelho de Oliveira de Azeméis, portanto entre o Vouga e o Douro, numa zona já abrangida no séc. XI nos limites do Território Portucalense (24). Tratar-se-á também nestes casos de derivados de abellanale? Só os documentos (se é que existem) o poderão dizer, mas a hipótese não é evidentemente improvável. Também pode pensar-se em que algum deles seja continuador de auena, e de todos os modos teríamos testemunhada uma conservação de -n- em território ao Norte do Mondego. Se ainda é possível invocar outra explicação, os etimologistas e principalmente os toponimistas que o digam (25).
NOTAS
(1) Romanço mozarábico, in Revista Lusitana 2, pág. 354.
(2) In Revista Lusitana 2, pág. 31. Leite de Vasconcelos supôs que caivêra representasse um derivado directo de calvaria (independente portanto de càveira, esp. calavera), com vocalização de l preconsonântico em i como em muito. Mas a verdade é que de tal vocalização não há um único exemplo, quando a vogal que precede não é o o fechado (de ǔ) que se encontra em multum, cultellum.
(3) Derivados do étimo FONTANA com -n- conservado, registados pelo Dicionário de Américo Costa, são, além de Fontanares ou Fontenares em Figueira de Castelo Rodrigo, portanto em zona que foi leonesa até ao fim do séc. XIII (L. F. Lindley Cintra não regista este topónimo, mas sim Fontanitas no Sabugal, cf. Toponymie léonaise au Portugal, in Cinquième Congrès Intern. de Toponymie et d’Anthroponymie. Actes et Mémoires, Salamanca, 1958, vol. 2, p. 250 [agora do mesmo autor A linguagem dos foros de Castelo Rodrigo, Lisboa, 1959, págs. 528-529]: Fontana no concelho de Lisboa (freg. do Lumiar); Fontanas nos concs. de Évora (freguesia da Sé) e Ferreira do Alentejo; Fontanal nos de Sines e Santiago de Cacém; Fontanais nos de Odemira e Portel; finalmente Fontanelas ou Fontenelas duas vezes no conc. de Sintra. ― Beselga, também invocado, não seria decisivo neste particular, visto a síncope de i postónico ser um fenómeno geralmente antigo, posteriorà sonorização mas anterior à síncope das laterais intervocálicas. Cp. pulga (e semelhantemente, quanto à pretónica, salgueiro, felgueira).
(4) Notas de paleontologia linguística, in Boletim de Filologia 14, pág. 164.
(5) Coisas e palavras (Coimbra, 1953), pág. 156.
(6) Comentários às «Notas de paleontologia linguística», in Bol. de Filol. 15, pág. 338 [reproduzidos nestes Estudos].
(7) Subsídios para o estudo do acampamento romano de Antanhol, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1958 (adiante abreviadamente citado como Antanhol).
(8) A demonstração documental está feita pelo Dr. Salvador Dias Arnaut, que redigiu a parte histórica da importante memória citada na nota anterior (Antanhol, 41-42 e notas).
(9) Auellanale, Auellanal em dois documentos do Livro Preto, à margem de um dos quais se encontra, «em letra porventura do séc. XVII », Avenal; e noutro documento de 1164 (Antanhol, 41- 42 e notas 78, 80 e 83). Auelanal: em 1143 (não é todavia absolutamente seguro que se refira ao mesmo lugar ou território, Antanhol, 42, nota 80); na epígrafe de dois documentos de 1159 e 1182, que apresentam no texto Auelaal (Antanhol, 41 e nota 77); em várias ementas do Liber Anniversarioum Ecclesiae Cathedralis Colimbriensis (Livro das Kalendas) (2 vols., Coimbra, 1947-48): de 1180 (II, 73), 1183 (I, 184), 1204 (II, 115 - in Auelanali uma vez e logo in Auenal, de Auenali, in Auenali), 1228 (I, 159), 1240 (II, 253). (Devo à gentileza do meu amigo e colega Dr. Salvador Arnaut a indicação destes e dos restantes passos do Livro das Kalendas que contêm o topónimo em questão.)
(10) Auelaal: no texto dos dois documentos de 1159 e 1182, em cuja epígrafe se encontra Auelanal (v. nota anterior); em 1208 e 1233 (Antanhol,41 e nota 77); em ementas do Livro das Kalendas de 1232 (II, 233), 1270 (I, 176), 1290 (II, 183) e numa sem data, mas decerto do séc. XIII (II, 16).
(11) Auenanali ementa de 1230 do Livro das Kal. (II, 224; emendado para Auelanali pelos editores, provavelmente sem razão);
Aueranal ibidem em 1249 (I, 99; em cópia do século XVII Avenal); Auenelar ementa referente à era de 1024 (portanto ao ano de 986 e não 1086 como por lapso se diz em Antanhol, 41), mas escrita, segundo me informa o Dr. Salvador Arnaut, no fim do séc. XIII ou começo do XIV (L. Kal., II, 283).
(12) Auenal (Auenale, Auenali) em 1204 (três vezes na ementa do L. Kal. citada na nota anterior, na qual surge uma vez Auelanali) e 1213 (L. Kal., II, 238); depois no séc. XVII Avenal à margem do Livro Preto (v. nota 9) e na cópia B do L. Kal. correspondendo à forma Aueranal de A (v. nota II).
(13) A hipótese de um puro lapso de escrita, em cada um dos três casos (demasiada coincidência!), não é evidentemente de admitir, tratando-se sobretudo de um topónimo tão próximo de Coimbra, onde se redigia o Livro das Kalendas.
(14) A oscilação entre as terminações -ar e -al, com ou sem dissimilação, revela-se não só na existência de duas formas toponímicas independentes Avelal e Avelar, mas ainda no facto de ambas poderem ser ou ter sido aplicadas à mesma localidade: assim sucede (segundo o Dicionário corográfico de Américo Costa) pelo menos com os lugares chamados Avelal ou Avelar nos concelhos de Arcos de Valdevez, Felgueiras e Oliveira do Hospital.
(15) Cf. a nota anterior.
(16) A forma mais antiga deste nome é Anlubria, conservada no testamento de 1086 que pode ver-se na estampa X de Antanhol. Reproduzido este documento no Livro Preto (fol. 88 e não 168 como por lapso se indica em Antanhol, p. 42, n. 81), manteve o copista a forma Anlubria, que mão posterior (decerto a mesma das anotações marginais) emendou para Anlobria, como perfeitamente se vê pela fotocópia que se conserva no Instituto de Estudos Históricos da Faculdade de Letras de Coimbra (no título do documento poderá estar Aniobria, como leu o Dr. Arnaut in Antanhol 42, n. 81, mas pode ser também Anlobria com um l de haste curta, mal desenhado). ― Outras formas do mesmo topónimo recolhidas entre os séculos XI e XIII por Ruy de Azevedo (História da Expansão I, 28) e Joaquim da Silveira (Rev. Lusitana. 17, 122), são Annubria, Anubria, Anovria e Anhovra (esta seguramente de interpretar como Aniovra,
por Anovria).
(17) Não me parece, pelo contrário, que se possa considerar uma outra hipótese: a de que Avenal resultasse de Avelal (do Avelaal, isto é, Avelãal antigamente atestado) por dissimilação l-l > n-l. Em primeiro lugar porque não parece haver outro exemplo em português de tal processo dissimilatório (nível entrou do castelhano, provindo aí do catalão ou de um dos idiomas galo-românicos; em todo o caso a dissimilação livél > nivél, que também naqueles idiomas aparece isolada, não apresenta as mesmas circunstâncias que se encontrariam na suposta evolução Avelal > Avenal), sendo resultado normal, na dissimilação de duas laterais, a substituição de uma delas por uma vibrante (l-l > l-r ou l-l > r-l conforme os casos); em segundo lugar, porque, encontrando-se as duas líquidos na sílaba tónica, uma antes outra depois do centro silábico (-lál), seria a primeira e não a segunda que teria condições para prevalecer, sendo, como é, sempre em posição final de sílaba que a articulação de qualquer consoante é mais fraca e sujeita a todos os acidentes. Em suma, o único resultado a esperar de uma dissimilação em Avelal seria Avelar, idêntico aos vários Avelares que se encontram no Norte e Centro de Portugal, da mesma forma aliás por que de *Avenelal resultou o Avenelar atrás registado. Aliás a permanência documentada no séc. XIII de formas não sincopadas do topónimo, prova que o actual Avenal deve tomar-se como continuação destas é não do Avelãal desaparecido.
(18) Málaga em documentos de 1112, 1128, 1156, 1157 e 1220, Malega num de 1281 (v. Antanhol, pags. 34, 36 n. 66, 40 n. 75, e 43 n. 84). Em que relação esteja esta Málaga-Malga do território conimbrigense com a Málaga andaluza, a antiga Malaca fenícia, e outro problema para historiadores e toponimístas.
(19) Mais ao Sul, no concelho de Torres Vedras, um outro topónimo, Feliteira (lug. da freg. de Dois Portos), mostra também a conservação do -l-. Trata-se naturalmente de continuação do êtimo *FILICTUM com o suf. -ARIA, representado no apelativo fèteira, também topónimo.
(20) Sobre o papel linguístico de Coimbra na Reconquista, v. J. G. Herculano de Carvalho, Coisas e palavras, págs. 278-281.
(21) V. Antanhol, págs. 43-44 e nota 91.
(22) Cf. Menéndez Pidal, Orígenes § 36.5.
(23) V. Antanhol, pág. 42 n. 80.
(24) Como aliás se encontra uma Aveneda no concelho de Ovar (freg. de Pereira Jusã) e uma Aveneira no concelho de Arouca (freg. de Santa Eulália). Terá de ficar em suspenso, por falta de mais elementos, o problema de saber se também neste caso estaremos em presença de continuadores do étimo ABELLANA (paralelos aos vários Aveledas e Aveleiras correntes na toponímia), isto é, de outros testemunhos da conservação primitiva de -n- ao Norte do Vouga.
(25) Também Aveneira da nota anterior poderia representar um derivado de AUENA, mas não decerto Aveneda. Quanto a Malga, há hoje duas outras povoações com o mesmo nome: uma no concelho de Sobral de Monte Agraço, outra no de Cabeceiras de Basto (não contando uma Malgada no de Santiago de Cacém, possivelmente não relacionado). Quanto ao primeiro, nada impede que seja também descendente de um antigo Málaga (encontra-se na mesma zona onde ocorre também hoje um Avenal, conc. de Alenquer!) com conservação de -l- intervocálico. Quanto ao segundo, situado em plena área primitiva ‘portuguesa’, ou tem outra origem (que pode ser o apelativo malga, cf. o top. Sertã) ou, o que é muito menos provável, poderá representar um assentamento de povoadores moçárabes emigrados para o Norte, provenientes de alguma Málaga cujo nome quiseram perpetuar. J. G. Herculano de Carvalho in “Estudos Linguísticos” I
B. N.: L. 34618-19V
Brasileiros procurando as origens
Pelo que sabemos, Violante Peça de Campos e João Gomes Tenente, tiveram 05 (cinco) filhos: Miguel Gomes Tenente nasceu, aproximadamente, no ano de 1798, Manoel Gomes Tenente nasceu, aproximadamente, no ano de 1805, João Gomes Tenente, aproximadamente, no ano de 1810, Maria de Jesus Tenente, aproximadamente, no ano de 1817 e Maria Joanna de Jesus Tenente, aproximadamente, no ano de 1819, todos nascidos no lugar do Avenal, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Miguel Gomes Tenente, um dos cinco filhos de Violante Peça de Campos e João Gomes Tenente, era casado com Maria de Jesus Palrrilha e viveram no lugar do Avenal, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Temos informação que Miguel Gomes Tenente e Maria de Jesus Palrrilha tiveram 05 (cinco) filhos: Joaquim Gomes Tenente nasceu no dia 18/05/1825, João Gomes Tenente no dia 18/09/1828, Joaquina no dia 14/10/1831, Maria Joanna no dia 03/01/1838 e José Gomes Tenente, no dia 20/06/1839, todos nascidos no lugar do Avenal, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Joaquim Gomes Tenente, um dos cinco filhos de Miguel Gomes Tenente e Maria de Jesus Palrrilha, era casado com Jacintha Jesus Vaz e viveram no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Pelo que sabemos o casal teve 08 (oito) filhos: José nasceu no dia 03/04/1848, Maria no dia 14/02/1850, Umbelina Vaz no dia 05/12/1851, José Vaz no dia 02/12/1854, Joaquina no dia 25/02/1857, Thereza Vaz no dia 10/01/1860, Manoel Vaz no dia 10/01/1862 e Maria da Conceição no dia 04/05/1864, todos nascidos no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal
Thereza Vaz, um dos 08 (oito) filhos de Joaquim Gomes Tenente e Jacintha Jesus Vaz era casada com Antonio Monteiro e viveram no lugar do Sobreiro, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
Pelo que sabemos o casal teve 03 (três) filhos: Maria Monteiro nasceu no dia 15/01/1890, José Monteiro nasceu no dia 30/11/1891 e Antonio Monteiro Novo no dia 02/07/1900 e era casado com Maria Nazaré de Oliveira, todos nascidos no lugar do Rodão, freguesia de Sebal, município de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, país Portugal.
José Monteiro, um dos três filhos de Antonio Monteiro e Thereza Jesus Vaz, veio para o Brasil sozinho. Saiu do porto de Lisboa, Portugal, desembarcando, no dia 22/04/1913, no porto de Santos, município de Santos, estado de São Paulo.
Casou no dia 14/07/1926, com Aurora Rodrigues, no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil, e teve dois filhos: Aluízio Monteiro nasceu no dia 28/04/1928 e Thereza Rodrigues Monteiro no dia 02/03/1930 todos nascidos no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil.
José faleceu no dia 20/03/1970, no município de Rio Claro, estado de São Paulo, país Brasil, vítima de acidente automobilístico e foi enterrado no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil, onde residia.
José Monteiro foi comerciante, proprietário do Botequim do Galo e Hotel Lisboa no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil. Também, no mesmo município, teve uma mercearia e um bar.
Aluízio Monteiro, filho de José Monteiro e Aurora Rodrigues, se casou no dia 04/12/1954 com Adelaide do Prado, no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil, e teve 03 (três) filhos: Paulo Sergio Monteiro, nasceu no dia 07/10/1956, José Roberto Monteiro no dia 07/10/1956 e Aluízio Monteiro Junior no dia 23/11/1960, todos nascidos no município de Araraquara, estado de São Paulo, país Brasil.