ÁREAS LEXICAIS NO TERRITÓRIO PORTUGUÊS, LUÍS F. LINDLEY CINTRA
Introdução
O presente trabalho (1) procura ser uma contribuição para o estudo da ainda tão imperfeitamente conhecida estrutura lexical do território português. Baseia-se em alguns resultados dos inquéritos que em 1953 e em 1954 realizei na companhia de Aníbal Otero Alvarez, para a parte portuguesa do Atlas Linguístico da Península Ibérica (2) .
Não deixarei de recordar, logo de início, que o primeiro passo na definição da referida estrutura foi dado, não há muitos anos, por José G. Herculano de Carvalho no livro Coisas e Palavras, publicado em Coimbra em 1953 (3).
(35) Recentemente, já depois de redigido e apresentado este trabalho no Congresso Brasileiro de Dialectologia de 1958, apareceu o artigo de José G. Herculano de Carvalho, Moçarabismo linguístico ao Sul do Mondego, na Revista Portuguesa de História, VIII, 1959 (public. em 1961), pgs. 277-284, em que aos exemplos aduzidos pelos autores já citados, se acrescentam dois que têm o extraordinário interesse de ser nomes de lugar situados na região imediatamente ao sul do rio Mondego, portanto muito mais ao norte do que todos os anteriormente apontados. Trata-se de Avenal (concelho de Condeixa) < AVELLANALE e Malga (conc. de Coimbra) < MALAGA. Herculano de Carvalho completa, numa nota desse artigo, a lista de topónimos derivados de FONTANA, mencionados por Leite de Vasconcellos e M. Pidal: Fontana (Lisboa), Fontanas (Évora e Ferreira do Alentejo), Fontanal (Sines e Santiago de Cacém), Fontanais (Odemira e Portel), Fontanelas (2 vezes e não apenas 1 no conc. de Sintra) (pg. 278).
Cf. José G. Herculano de Carvalho, Moçarabismo linguístico ao Sul do Mondego, na Revista Portuguesa de História, VIII, 1959 (public. em 1961), pgs. 277-284
http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/biblioteca/areas_lexicais.pdf
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